Associação Desportiva e Cultural Grupo Cativeiro de Capoeira - Porto Alegre RS

Blog destinado a promover e divulgar o Grupo Cativeiro de Capoeira em Porto Alegre-RS.


Nele você encontra os eventos de capoeira promovidos pelo
Grupo Cativeiro, bem como informações sobre a capoeira em Porto Alegre e no mundo todo.

Bem Vindos!!

AULAS

Mestre Betinho
Rua Timbaúva, 21. Bairro Jardim Protásio Alves
3ªs e 5ªs feiras - 17h as 22h

Professor Rafael Tassinari
3ªs e 5ªs - 19h as 21h - Local: Clube de mães Casa Branca, Morro Santana.


BERIMBAUS E ACESSÓRIOS À VENDA - PRONTA ENTREGA!!

Rafael (51) 9152-0496

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

ANIVERSÁRIO DE 32 ANOS DO GRUPO CATIVEIRO DE CAPOEIRA

OLÁ CAPOEIRISTAS!


Estamos divulgando o próximo evento que será realizado no dia 15 de abril de 2010 no Clube de Mães Casa branca, com organização do professor Rafael Tassinari.

Todos os capoeiristas e simpatizantes estão convidados a participar da Roda de Capoeira em homenagem aos 32 anos de existência do Grupo Cativeiro.

Como preconiza o grupo, serão realizadas duas rodas, começando com capoeira angola, a partir das 20h e finalizando com uma roda de capoeira regional.


Maiores informações com o professor Rafael Tassinari (51) 91520496.


Até lá!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

OFICINA BATIZADO, TROCA DE CORDAS E FORMATURA DO GRUPO CATIVEIRO COM A PRESENÇA DO MESTRE MIGUEL MACHADO/BAHIA

Olá Capoeiristas!


Hoje vamos divulgar a oficina de capoeira angola e o Evento realizado pelo instrutor Rafael Tassinari juntamente com o Mestre Betinho no mês de Dezembro de 2009.


Com muito sacrifício, ambos conseguiram trazer o mestre Miguel Machado, Fundador e Presidente Mundial do Grupo Cativeiro de Capoeira para uma oficina e para a formatura de professores, troca de cordas e batizado de novos alunos.


Na foto: Instrutores Rafael Tassinari e Gelson Rios, Mariana e alunos.

Primeiramente foi realizada uma oficina de capoeira angola, que contou com a presença de capoeiristas de diversos grupos que se deslocaram para beber do conhecimento desde grande mestre.

Muitos destes capoeiristas, pessoas do cenário antigo da capoeira de Porto Alegre, começaram seu aprendizado com o próprio mestre Miguel na década de 1980 e agora, muitos formados professores e até mestres, retornaram para uma reciclagem valorizando a passagem de seu antigo mestre por nossas terras.


Na Foto: Mestre Miguel Machado palestrando durante a oficina de Capoeira Angola. Dez/2009.

No próximo Post:

BATIZADO, TROCA DE CORDAS E FORMATURA - A VOLTA DO MESTRE 13!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BLOG DO GRUPO CATIVEIRO VOLTANDO DAS FÉRIAS!!!

Olá Capoeiristas do nosso Brasil!!

Após um período de recesso para as festas de final de ano, o blog do Grupo Cativeiro está voltando com muitas novidades!

A partir de amanhã estaremos postando dados, fotos e fatos do último batizado e oficina de capoeira realizados pelo Mestre Betinho e pelo Instrutor (agora professor) Rafael Tassinari, na segunda semana de Dezembro e que contou com a presença do Mestre Miguel Machado, Presidente Mundial do Grupo Cativeiro de Capoeira.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

OFICINA COM MESTRE MIGUEL MACHADO EM PORTO ALEGRE!!!

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA E CULTURAL CAPOEIRA CATIVEIRO APRESENTA:

OFICINA DE CAPOEIRA COM MESTRE MIGUEL MACHADO

(Fundador e atual Presidente Mundial do Grupo Cativeiro, membro diretor da Federação Internacional de Capoeira-FICA, Presidente da Liga de Capoeira de Ilhéus, Bahia).


Na foto, da esq. para dir.: Instrutor Rafael Tassinari, Mestre Miguel Machado e Mestre Ivonei Mattos.

LOCAL: CASA BRANCA CLUBE DAS MÃES

RUA: HEITOR PIRES, Nº225, PROTÁSIO ALVES

CONTATO: (51)9152‐0496 OU 9173‐2074 COM RAFAEL OU MARIANA

EMAIL: rafaaccpoa@hotmail.com

Data:10/12/2009 às 19:00H

Valor: R$ 30,00 VAGAS LIMITADAS

“Ser capoeira é muito mais do que aprender a lutar bem! É Preciso entender as características da luta e sua origem histórica e cultural...”

“Mestre Miguel Machado"

quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Mestre João Pequeno

Uma homenagem aos noventa anos de vida e setenta e cinco anos de capoeira. Biografia:

Em 27 de dezembro 1917 nasceu em Araci no interior da Bahia João Pereira do Santos, filho de Maria Clemença de Jesus, ceramista e descendente de índio e de Maximiliano Pereira dos Santos cuja profissão era vaqueiro na Fazenda Vargem do Canto na Região de Queimadas. Aos quinze anos (em 1933) fugiu da seca a pé, indo até Alagoinhas seguindo depois para Mata de São João onde permaneceu dez anos e trabalhou na plantação de cana de açúcar como chamador de boi, então conheceu Juvêncio na Fazenda são Pedro, que era ferreiro e capoeirista, foi aí que conheceu a capoeira.

Aos 25 anos, mudou-se para Salvador, onde trabalhou como condutor (cobrador) de bondes e na construção civil como servente de pedreiro, pedreiro, chegando a ser mestre de obras. Foi na construção civil que conheceu Cândido que lhe apresentou o mestre Barbosa que era um carregador do largo dois de julho, Barbosa dava os treinos, juntava um grupo de amigos e nos finais de semana ia às rodas de Cobrinha Verde no Chame-chame.

Inscreveu-se no Centro Esportivo de Capoeira Angola, que era uma congregação de capoeiristas coordenada pelo Mestre Pastinha.

Desde então, João Pereira passou a acompanhar o mestre Pastinha que logo lhe ofereceu o cargo de treinel, isso foi por media de 1945, algum tempo depois João Pereira tornou-se então João Pequeno, assim apelidado pelo mestre Pastinha.

No final da década de sessenta quando Pastinha não podia mais ensinar passou a capoeira para João pequeno dizendo: “João, você toma conta disto, porque eu vou morrer, mas morro somente o corpo, e em espírito eu vivo, enquanto houver Capoeira o meu nome não desaparecerá”.

Na academia do Mestre Pastinha, João Pequeno ensinou capoeira a todos os outros grandes capoeiristas que dali se originaram e mais tarde tornaram-se grandes Mestres, entre eles João Grande, que tornou-se seu Grande parceiro de jogo, Morais e Curió. Foi aconselhado pelo Mestre Pastinha a trabalhar menos e dedicar-se mais a capoeira. Embora pensasse que não passaria dos 50 anos percebeu que viveria bem mais ao completar tal idade.

Tendo que enfrentar a dureza da cidade grande João Pequeno também foi feirante, e carvoeiro chegou a ser conhecido como João do carvão, residiu no Garcia, e num barraco próximo ao Dique do Tororó.

Sua primeira esposa faleceu, mas, um tempo depois conheceu Srª Edalzuita, popularmente conhecida como Dona Mãezinha, no Pelourinho nos tempos de ouro da academia de seu Pastinha, constituíram família, e com muito esforço construíram uma casa em fazenda Coutos, Lá no subúrbio, bem longe do Centro onde foram morar e receber visitas de capoeiristas de várias partes do mundo.

Para João Pequeno o capoeirista deve ser uma pessoa educada “uma boa arvore para dar bons frutos”. Para quem a capoeira é muito boa não só para o corpo que se mantém flexível e jovem, mas também para desenvolver a mente e até mesmo servir como terapia, além de ser usada de várias formas, trabalhada como a terra, pode-se até tirar o alimento dela.

João Pequeno vê a capoeira como um processo de desenvolvimento do indivíduo, uma luta criada pelo fraco para enfrentar o forte, mas também uma dança, cuja qual ninguém deve machucar o par com quem dança, defende a idéia que o bom capoeirista sabe parar o pé para não machucar o adversário.

Algum tempo após a morte do mestre Pastinha, em 1981, o mestre João Pequeno reabre o Centro Esportivo de Capoeira Angola no Forte Santo Antônio Alem do Carmo (1982), onde constitui a nova base de resistência, onde a capoeira angola despontaria para o mundo, embora encontrando várias dificuldades para manutenção de sua academia, conseguiu formar alguns mestres e um vasto numero de discípulos.

Na década de noventa houve várias tentativas por parte do governo do estado em desocupar o Forte Santo Antônio para fins de reforma e modificação do uso do Forte, paradoxalmente em um período também em que foi amplamente homenageado recebendo o titulo de cidadão da cidade de Salvador, pela câmara municipal de vereadores. Em 2003 o Mestre João Pequeno foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Uberlândia e com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural tornando-se Comendador de Cultura da República pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2007 recebeu pela câmara municipal de vereadores a Medalha Zumbi dos Palmares. Finalmente em 2008 está reverenciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). “É uma doce pessoa”, afirmam todos que tem a oportunidade de conhecer o Mestre João Pequeno, cuja simplicidade, a espontaneidade e o carisma seduzem a todos que vão até o Forte Santo Antônio conferir suas rodas, é um brincalhão, mas que também não deixa de dar uma baquetada nos que se exaltam e esquecem dos fundamentos da brincadeira e da dança.

A festa anual comemorativa de seu aniversário é um verdadeiro evento espontâneo da capoeira, onde se realiza uma grande roda, com a participação de vários mestres e membros da comunidade capoeirana.

Além de ser de impressionar a todos que tem a oportunidade de vê-lo jogar com a sua excelentíssima capoeira e mandigagem, João Pequeno destaca-se como educador na capoeira, uma autoridade maior na capoeiragem de seu tempo, um referencial de luta e de vida em defesa da nobre arte afrodescendente.

O mestre João Pequeno, orgulha-se dos méritos alcançados com a capoeira, isto fica claro em uma de suas falas, que sempre repete oportunamente, “...meu pai me chamava de doutor, mas não mim botou na escola, mas através da capoeira sou doutor.”

Bibliografia: Santos, João Pereira dos. Mestre João Pequeno, Uma vida de Capoeira

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SÉRIE MESTRES DA CAPOEIRA 10


Mestre Waldemar da Paixão, da Liberdade, da Avenida Peixe, capoeirista conhecido pelos seus berimbaus coloridos e por sua voz inconfundível. Iniciou na capoeira com 20 anos de idade, em 1936, foi aluno de Canário Pardo, Periperi, Talabi, Siri de Mangue e Ricardo de Ilha de Maré. Começou a ensinar capoeira em 1940, na Estrada da Liberdade, no inicio era ao ar livre e depois passou para um barracão de palha que ele mesmo construiu. O local virou ponto de encontro dos capoeiristas baianos, e aos poucos a roda de mestre Waldemar foi se tornando muito famosa e todos os capoeiristas da Bahia iam lá jogar.


Eu me chamo Waldemar Rodrigues da Paixão, conhecido como mestre Waldemar da Pero Vaz. Sou um dos velhos capoeiristas, como chamam; não estou jogando mais. Tenho quarenta e seis anos de capoeira, de ensino da capoeira e quatro que levei aprendendo. Considero-me o mais velho capoeirista da Bahia; depois de Bimba e Pastinha sou o mais velho. Eu tive quatro mestres. Tive Siri de Mangue, capoeirista velho, já é morto. Canário Pardo, Ricardo e um por nome Talabi. Porque todos os mestres que eram bons eu pedia pra me ensinar, então a gente tem que dar valor a todos os quatro, porque eu aprendi com os quatro. Aprendi capoeira em 1936, levei quatro anos aprendendo. Em 1940 eu peguei a ensinar aqui no Pero Vaz.

O esporte da capoeira deu em minha mente, eu fiquei gostando. Como a gente quando vê uma mulher e gosta, se apaixona, assim eu me apaixonei pelo esporte da capoeira. E até hoje aguento mão dela. Tenho amor ao esporte da capoeira.

Eu vendo uma roda de capoeira lá no Periperi, tinha aqueles mestres velhos, antigos, então eu pedi pra aprender. Naquele tempo não existia academia tinha outra roda no Periperi e a academia era onde tivesse uma sombra boa, fazia aquele ringue e então vinha capoeirista de tudo quando era lugar. Não precisava avisar, todos sabiam que domingo a tarde o esporte era capoeira. Cada um levava seu berimbau, quem tinha berimbau levava. Eles tinham aquele ranço de bondade, quem tinha berimbau levava, quem não tinha, não levava, mas era assim.

Quem me ensinou a tocar foi Siri de Mangue. Cantar a gente canta, ninguém ensina a cantar. Pode ensinar, mas não tendo voz não adianta. Se você não tiver voz, eu não posso ensinar. Porque eu canto de um jeito, eu canto entoado, ele já canta desentoado, então não quero que digam que ensinei bobagem a alguém. A voz, a gente nasce com ela.

No meu tempo, quando capoeirista levantava o pé, ele sabia que ia pegar. Ai voltava o pé, não precisava pegar mesmo. Aqueles rabos-de-arraia pra tirar pescoço, aquilo eu cansei de dar. Eu marcava três vezes, na quarta eu soltava. Depois das três, você já estava ativo pra se defender, porque aqueles rabos-de-arraia, se você dá logo de uma vez e ele não espera, recebe no pé-do-ouvido, cai e não levanta mais. Então a gente faz aqueles enganos.

Mas isso pertence ao Angola, ao Jogo de Angola. Faz que vai, volta o pé, engana, quando o camarada já esta acostumado, acostumou três vezes vendo aquilo e ele não solta, quando ele não espera é que vem.

Já hoje é assim: vum-vum, rabo-de-arraia, cinco, seis, o nego não sabe o que está fazendo, está desentendido ali, cada um cuidando de si. Angola não, é diferente. Você vai, sabe o que esta fazendo o seu adversário também sabe. Estão se entendendo. Quando um marca de uma forma, o outro marca de outra.

No meu tempo, mestre era muito respeitado. A minha roda, os meus alunos, eles me respeitavam muito, os meus. Eles não eram bestas de fazer nada fora do meu mandado.

Fonte: http://www.curingacapoeira.com/mestres.htm
http://www.orgsites.com/ri/riccapoeira/_pgg2.php3#MNOR

terça-feira, 10 de novembro de 2009

SÉRIE MESTRES DA CAPOEIRA 9

Mestre Tiburcinho, também conhecido como Tibúrcio de Jaguaripe, é lembrado entre poucos capoeiristas (infelizmente, poucos capoeiristas mesmo hoje em dia) como um mestre de batuque. Mas ele também foi um grande mestre de capoeira e figura importante da cultura popular brasileira.


Tibúrcio José de Santana nasceu por volta de 1870 em Jaguaripe. Aprendeu o batuque com Mestre Bernardo, ali no Recôncavo mesmo. Foi um grande batuqueiro e um dos últimos a preservar essa arte (o batuque era uma luta/dança parecida com a capoeira, onde os jogadores usavam as pernas para desequilibrar o adversário, jogada ao som de músicas, ritmada por pandeiros e bastante violenta, uma vez que muitos golpes tentavam acertar a região genital).


Chegou em Salvador de saveiro, como a maioria dos trabalhadores da região. Conheceu a capoeira de Salvador no Mercado Popular e se enturmou com os capoeiristas locais, se tornando um deles. Ficou famoso nas rodas de capoeira ela sua habilidade.

Depois de algum tempo, Mestre Tiburcinho começou a freqüentar a academia de Mestre Pastinha e era muito visto por lá. Com mais de 80 anos, era um capoeirista malicioso, mandingueiro, perigoso. Cantava sempre músicas da outra luta que praticava, mantendo-as vivas, como:

Ê loandê... Tiririca é faca de cortá... num me corta molequinho de sinhá...

Outro fato importante para a cultura brasileira é que foi Mestre Tiburcinho, levado a Mestre Bimba por Mestre Decânio, quem ajudou o famoso criador da Capoeira Regional a lembrar-se de muitas cantigas e até coreografias de maculelê. Graças a esse encontro, Mestre Bimba começou a colocar o maculelê em apresentações com seu grupo (o que fez com que o maculelê fosse estudado e apresentado por vários grupos de capoeira até hoje). Se o batuque Mestre Tiburcinho não conseguiu manter vivo, a "redescoberta" do maculelê teve uma grande força dele.

Esse grande Mestre participou do “Dança de Guerra”, filme de Jair Moura. É citado entre outros capoeiristas no livro “Tenda dos Milagres”. E a gente faz questão de lembrar o nome dele por aqui.

Fonte: http://voltanomundocapoeira.blogspot.com/

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Besouro - A Decepção

Olá pessoal.

Geralmente não escrevo nada sobre capoeira, apenas transcrevo dados que capto na rede ou em documentos (sitando suas fontes, é claro), mas hoje me sinto na obrigação de escrever.

Fui ontem ao cinema assistir ao filme Besouro, tão esperado, tão divulgado. Falava-se em cifras milionárias, em coreógrafo de luta oriental, em superprodução, lenda, um guerreiro que foi escolhido pelos Orixás, blá-blá-blá....


Entao, lá fui eu assistir, todo empolgado. Sessão das 18:45, ingresso a 10 reais, pipoca e refrigerante....
Bom, o cenário: Cinema vazio, entro na sala 6 (indicada pelo "decepcionista" do cinema) e tinha apenas um pai com seu filho. Comento com ele "cinema lotado hein". Ele apenas sorri. Desconfiado, pergunto se ele também foi assistir ao filme Besouro e eis o que eu temia: Era a sala de um desenho. O "cara da portaria" me indicou a sala errada.

Volto uns 50 metros até a portaria para confirmar a sala (sim, o filme que eu queria assistir estava na última sala do cinema) e outro atendente me informa que é na sala 8, um pouco  mais longe da sala em que entrei anteriormente.
E a sala está vazia, sem nada na tela, luzes acesas.... E já era 18:45!! Acharam que nao teria público.
Assim que entrei e sentei, uma mulher, depois de me olhar por algum tempo, coloca pra rodar as propagandas básicas e depois o filme. Apenas eu no cinema, maravilha...

Mas então, vamos ao filme.
O que eu achei?

Olha, em primeiro lugar, efeitos especiais.... Deviam ser tão especiais que nem chamaram atenção. Pra quem encheu a boca no blog oficial para falar em superprodução, acho que rolou foi um superfaturamento.

Enredo: Pessoal, não sou um crítico de filmes nem nada do tipo, mas a minha impressão é que o filme foi uma junção de partes mal explicadas. Não tinha sequência de história, não tinha sequências de ação, nenhuma parte do filme empolgava!! Tanto o fim como o meio ou o começo do filme deixavam sempre a esperança de: "bom, agora vai acontecer alguma coisa". Mas nada. Nem capoeira tem no filme!! As cenas de luta eram cortadas e o que se via, geralmente, eram flashes da perna de alguém passando. As músicas de capoeira eram ruins, as cenas de luta eram ruins, as cenas de ação (ação?) eram ruins, a história muito mal contada, não empolgou em nada. Aliás, musicas de capoeira não tem mesmo no filme...


Digo uma coisa com certeza:


Até o filme "Esporte Sangrento" é mais empolgante, e com certeza não teve metade do orçamento alegado nessa "superprodução do cinema nacional".


Eu tinha esperanças que esse filme seria um sucesso, que depois dele e do seu sucesso de público e bilheteria, veríamos filmes contando a história de Mestre Bimba, de Mestre Pastinha, mesmo em forma de romance, o que permite uma dramaturgia melhor, criar enredo, história, etc.

Ledo engano.... Pelo que eu vi no cinema, acho que não veremos algo relacionado à capoeira tão cedo.


De qualquer forma, parabenizo as pessoas que tentaram fazer um filme contando a história de um dos maiores capoeiristas de todos os tempos. Mas poxa, acho que vocês também chutaram o Ebó do Exu e não se deram conta....

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Besouro, O Filme


Bom dia!

Excepcionalmente hoje interrompemos as postagens da série Mestres da Capoeira para fazer um chamado geral a todos os capoeiristas para a estréia do filme Besouro. Ele estará entrando em cartaz nos cinemas de Porto Alegre a partir de amanhã, data da estréia Nacional do filme.

Para quem não sabe, Manoel Henrique Pereira, o Besouro Mangangá (1895-1924), nasceu no período em que a escravidão havia recentemente sido abolida, porém, com certeza ainda não havia acabado...
Aprendeu a capoeira com seu Tio Alípio, um ex-escravo, e através dela lutava contra a repressão aos negros e a capoeira, feito pela polícia e pela sociedade da época.

Bom, sem mais delongas, segue o link para o trhiller do filme, assistido por mais de meio milhão de pessoas no youtube. LINK FILME BESOURO. É realmente empolgante!! Uma superprodução, com efeitos especiais e muita capoeira e misticismo, onde um capoeirista desenvolve habilidades especiais com ajuda dos orixás!!
Não deixem de assistir, talvez o sucesso de bilheterias impulsione outras super-produções, como as vidas de Pastinha e Bimba, por exemplo.

Até amanhã!